sexta-feira, 26 de junho de 2009

Semana +5

Lisboa.
+28ºC.
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Chegaram as amostras de sedimento.
Entretanto problemas técnicos nos equipamentos levam a que as determinações estejam atrasadas.
Esperamos que no mês de Agosto, por sinal um mês mais calmo, se consiga processar toda a informação.
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Notícias do Canadá dizem-nos que os nossos colegas vão regressar a Umiujaq no próximo mês.
Querem realizar determinações de Verão.
Lamentavelmente não podemos ir, pois aqui há muito trabalho.
Esperamos que tudo corra melhor.
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- Narvais: Migração ocorre todos o Verões no Árctico -

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Semana +4

+36ºC.
Lisboa.

Regressados a Lisboa, o trabalho continua.
Entretanto do Canadá chegaram as amostras que nos faltavam.
As determinações analíticas vão começar muito em breve.

Hoje partilhamos uma curiosidade.
Enquanto estivemos no Árctico trocamos mensagens com o Investigador José Xavier que está na Antárctida. Atrevemo-nos a dizer que estas foram, porventura, as primeiras mensagens trocadas por portugueses entre a região Boreal e a Austral!

O José é biólogo marinho e está a passar uns meses no pólo sul enquanto estuda a fauna local.
No seu registo de campanha - link aqui - vai descrevendo o seu trabalho e colocando outros posts sobre questões da Ciência Polar.

Vale a pena passar por lá para ver!


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Semana +3

+32ºC.
Guiyang, China.


O João continua no Congresso na China.
Hoje decorreu a sessão especial sobre a Contaminação das Regiões Polares.

A situação é cada vez mais preocupante.
A comunidade científica presente na Conferência expressa grande preocupação em relação ao facto de como as alterações climáticas estão a afectar, não só a qualidade dos ecossistemas polares, mas também todos os aspectos sociais que dela advém nas pessoas que os habitam.

Nós - a equipa do IPIMAR - já tínhamos constatado estas observações em Kuujjuarapik e em Umiujaq.
Mas confirmamos que a preocupação é geral.
Passa-se em todo o Árctico e, mesmo na Antárctida, já se começam a verificar alterações a nível do ciclo dos elementos.
A mensagem que ficou desta Conferência é que, cada vez mais, algo tem de ser feito.
E com mais urgência.

O Ano Polar Internacional contribuiu para um aumento do conhecimento do que se está a passar. Agora é preciso empreender esforços para que estes estudos continuem.

O que se passa nos Pólos é algo que diz respeito a todos.

- Poster apresentado pela equipa do IPIMAR -

domingo, 7 de junho de 2009

Semana +2

+23ºC.
Guiyang, China.

Poderão ficar espantados por este post ser escrito desde uma cidade chinesa.
Na verdade o João está, neste momento, no 9th International Conference on Mercury as a Global Pollutant, que decorre na China.

Ainda aguardamos a chegada a Lisboa das restantes amostras de Umiujaq, por isso as análises encontram-se paradas para serem tratadas todas de uma só vez.

Entretanto o João deslocou-se ao outro lado do mundo para, além de outros trabalhos, apresentar uma comunicação relacionada com os trabalhos efectuados no ano passado em Kuujjuarapik.
Esta comunicação está inserida numa sessão especial denominada Mercury in Polar Systems e pretende apresentar resultados relacionados com a distribuição do mercúrio na neve, no gelo, na água e nos sedimentos do Árctico.

Os resultados obtidos pretendem demonstrar que, tanto a neve como o gelo polar, acumulam mercúrio. Mais uma tentativa de levantar especial atenção para os ecosistemas polares na altura do degelo.
Grandes quantidades deste contaminante são, então, transportadas para os sistemas aquáticos ficando os organismos sujeitos a este input repentino.

Os trabalhos em curso de Umiujaq vão poder confirmar os resultados obtidos mais a Sul.

- Perspectiva de Guiyang -